8 de Março: Greve Internacional de Mulheres

Atualizado em 15 de Março de 2019 às 18h07

Mulheres do Brasil e do mundo estão terminando os preparativos para a Greve Internacional de Mulheres. A greve ocorrerá em 8 de Março, Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora. Nas ruas, as mulheres lutarão contra o machismo, a desigualdade de gênero, os feminicídios e os projetos que atacam seus direitos.

ANDES-SN indica paralisação das e dos docentes em 8 de Março

O 8 de Março de 2019 será marcado por uma série de lutas fundamentais do movimento de mulheres. A Greve Internacional de Mulheres ocorrerá poucos dias antes de que se complete um ano do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes. A vereadora carioca será lembrada nas manifestações de todo Brasil por sua defesa intransigente dos direitos das mulheres. Marielle é reconhecida, especialmente, por lutar em defesa das mulheres negras, pobres e moradoras das periferias. Também se cobrará justiça pelos assassinatos, ainda não resolvidos.

Outra bandeira que estará presente nas manifestações brasileiras e internacionais é o direito ao aborto. Enquanto as mulheres de alguns países do mundo conquistam a descriminalização e a legalização do aborto, no Brasil o tema caminha na contramão. Recentemente foi desarquivado no Senado projeto que prevê a proibição dos casos de aborto atualmente previstos em lei. São eles: em casos de estupro, de risco à vida da mãe e de anencefalia do feto.

O projeto de Reforma da Previdência, recentemente apresentado por Jair Bolsonaro, também estará na pauta do 8 de Março. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 ataca os direitos de toda a classe trabalhadora, mas especialmente das mulheres. O governo desconsidera que as mulheres têm dupla ou tripla jornada de trabalho. A PEC impõe às mulheres a necessidade de trabalhar por 40 anos para ter direito à aposentadoria integral.

ANDES-SN participará da Greve Internacional de Mulheres

O ANDES-SN aprovou, em seu 38º Congresso, participação na construção da Greve Internacional de Mulheres. O Sindicato Nacional indica a paralisação das e dos docentes neste dia.

“Paralisar e mobilizar no 8 de março é dar uma resposta aos ataques e retrocessos deste governo miliciano e de extrema direita, assim como aos ataques da extrema direita no mundo. É fundamental que as seções sindicais se envolvam e participem ativamente das atividades”, defendeu a 1° secretária do ANDES-SN, Caroline Lima, durante a votação do tema no 38º Congresso do Sindicato Nacional.

A docente lembrou o protagonismo “fantástico” das mulheres nas lutas recentes do país, como os atos do “Ele Não” e os números gritantes de feminicídios no país. Só no primeiro mês de 2019, mais de 100 feminicídios foram registrados no Brasil. A luta contra os feminicídios é uma das principais bandeiras do 8 de Março.

Confira aqui a Circular 013/19, sobre a Greve Internacional de Mulheres.

Origem socialista do Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora

A data tem uma origem socialista e foi apagada ao longo dos anos, principalmente durante o período da Guerra Fria. Em 8 de Março de 1917 (23 de fevereiro no calendário juliano), foi realizada uma manifestação de tecelãs e costureiras russas de São Petersburgo. Elas protestaram contra a fome e contra a I Guerra Mundial.

Manifestação de mulheres russas em 1917

O ato, posteriormente, foi considerado como um dos estopins da Revolução Russa, que ocorreu no final do ano. Em 1921, em Moscou, A 1ª Conferência de Mulheres Comunistas fixou o dia de 8 de Março como data unificada em honra às operárias de São Petersburgo. A data foi, em seguida, adotada pelos movimentos de mulheres de todo o mundo.

Manifesto das mulheres da CSP-Conlutas

No dia 24, durante a Reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, o setorial de mulheres da central apresentou um manifesto. O texto é direcionado às mobilizações de 8 de Março. Leia aqui.

 

Confira algumas das manifestações do 8M no Brasil:

Centro-Oeste

Cuiabá. 15h. Praça Alencastro

Distrito Federal e Entorno. 16h. Rodoviária do Plano Piloto. 

Goiânia. 16h. Praça dos Bandeirantes

 

Nordeste

Fortaleza. 15h. Praça Murilo Borges.

Recife. 15h. Praça do Derby.

Salvador. 13h. Praça da Sé.

 

Norte

Belém. 8h30. Mercado de São Brás.

Manaus. 15h. Praça da Saudade.

 

Sudeste

Belo Horizonte. 16h. Praça Raul Soares.

Campinas. 17h30. Largo do Rosário.

Ribeirão Preto. 16h. Esplanada do Teatro Pedro II.

Rio de Janeiro. 16h. Candelária.

São Paulo. 16h. Vão Livre do MASP.

 

Sul

Curitiba. 12h e 18h. Praça Santos Andrade.

Florianópolis. 18h30. TICEN.

Pelotas. 17h. Mercado Central.

Porto Alegre. Horário e local a definir.

Rio Grande. 16h na Praça Tamandaré.

Santa Maria. 16h. Praça Saldanha Marinho.

 

 

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