Argentinos protestam contra pobreza e ajuste fiscal

Publicado em 14 de Fevereiro de 2019 às 16h00
Manifestação reuniu centenas de milhares no centro de Buenos Aires

Mais de um milhão de argentinos saíram às ruas do país para protestar contra a pobreza e o ajuste fiscal do presidente Mauricio Macri. A manifestação, realizada na quarta (13), teve como lema “teto, terra e trabalho”. O maior ato, em Buenos Aires, reuniu cerca de 300 mil pessoas. Uma nova manifestação na capital argentina contra o ajuste, convocada por entidades sindicais, está marcada para a tarde de quinta (14).

Os protestos se dão em meio à grave crise econômica e política pela qual passa a Argentina. A inflação chegou a 47% em 2018. Nesta semana, a Ministra do Desenvolvimento Social do país, Carolina Stanley, admitiu o crescimento da pobreza. Os índices oficiais do segundo semestre de 2018 serão superiores a 28%. Calcula-se que 14 milhões de argentinos vivam na pobreza. A fome tem virado uma constante no país, que também convive com o crescimento do número de feminicídios.

Enquanto isso, o governo aumenta tarifas e tenta aprovar uma Reforma Trabalhista que retira mais direitos dos trabalhadores. Macri também levou de volta à Argentina o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em troca de ajuda financeira, o FMI quer a aplicação de um ajuste fiscal.

Nova manifestação na quinta

Na quinta será a vez do Plenário do Sindicalismo Classista sair às ruas de Buenos Aires e de outras cidades do país. Na capital, o ato irá do Congresso até a Praça de Maio, centro do poder político argentino.

A manifestação lutará contra o aumento de tarifas, as ondas de demissão e a Reforma Trabalhista. As entidades que compõem essa frente defendem a realização de uma paralisação de 36 horas e a um plano de que culmine em uma Greve Geral para derrotar o ajuste fiscal.

Greve Geral na Bélgica

Na quarta-feira também ocorreu uma Greve Geral na Bélgica. Trabalhadores dos serviços de transporte, da educação, metalúrgicos, químicos, de hospitais e funcionários públicos paralisaram o país. Eles lutam contra o arrocho nos salários e nas aposentadorias proposto pelo primeiro-ministro belga, Charles Michel.

Com informações de Agência CTA, Tiempo Argentino, Prensa Obrera e Hora do Povo. Imagem de Agência CTA.

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