Entidades realizam coletiva de imprensa sobre Greve da Educação

Atualizado em 13 de Maio de 2019 às 18h44

Na tarde de segunda-feira (13), entidades sindicais e estudantis organizaram uma coletiva de imprensa em Brasília (DF). As entidades ressaltaram os motivos para adesão à Greve Nacional da Educação da próxima quarta (15). Também expuseram os últimos preparativos para as grandes mobilizações em defesa da educação pública.

Na quarta (15), trabalhadores da educação e estudantes vão às ruas do país

A coletiva aconteceu na sede da Fasubra, na capital federal. Participaram: Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, além de representantes da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), da própria Fasubra e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG).

A Greve Nacional da Educação foi inicialmente marcada para dar força à luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19, da Reforma da Previdência.

Porém, com o recente anúncio do governo do corte de orçamento nas áreas de educação e ciência e tecnologia, a greve de 15 de maio ganhou outra magnitude.

As manifestações e paralisações de 15 de maio devem servir como preparação para a grande Greve Geral de 14 de junho, convocada recentemente pelas centrais sindicais. Foi o que afirmou Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN. Segundo ele, a unidade de ação é fundamental para defender a educação e combater a reforma da previdência.

“A educação está dando demonstração de força e organização da classe trabalhadora, estamos fazendo atos unitários. É uma pauta que interessa a toda a sociedade. Na quarta, organizaremos passeatas, aulas públicas e muito mais”, afirmou o docente. Os professores e demais trabalhadores da educação serão a primeira categoria do país a organizar uma greve nacional contra as políticas do governo de Jair Bolsonaro. “Temos que acumular forças para a Greve Geral de 14 de junho”, completou Antonio.

Coletiva de imprensa realizada em Brasília (DF)

Heleno Araújo, presidente da CNTE, afirmou que já há atos unificados marcados em 21 unidades federativas. Outras manifestações serão marcadas entre hoje e amanhã. Heleno também ressaltou que os cortes de orçamento, ao contrário do que diz o presidente, afetam diretamente a educação básica. A merenda e o transporte escolar, por exemplo, já são afetadas pelos cortes.

Manuelle Matias, vice-presidente da ANPG, avaliou que há, por parte do governo um movimento anti-intelectual que busca “limar o pensamento crítico”. “O governo vai ter que recuar”, disse, ressaltando que a reversão do corte de 1200 bolsas da Capes já é um sinal de que o governo sentiu a força das mobilizações.

“A pauta da educação toca fundo cada trabalhador e trabalhadora. O que está em jogo é a defesa da educação como um direito. Não surpreende a adesão espontânea e a busca pelo diálogo com a sociedade. É uma disputa que está em curso”, concluiu Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN.

Confira toda a coletiva de imprensa aqui.

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