A diretoria do ANDES-SN se reuniu com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), na quinta (16), em Brasília (DF).
Os representantes das duas entidades discutiram as mobilizações da Greve Nacional da Educação e a situação das universidades federais após os cortes de orçamento.
Pelo ANDES-SN estiveram presentes Erlando Rêses, 3º tesoureiro do Sindicato Nacional, e Ricardo Behr, 2º vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN.
Os docentes foram recebidos por Reinaldo Centoducatte, reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e presidente da Andifes, além de outros diretores da entidade.
A Fasubra também esteve presente na reunião.
A reunião teve início com uma breve avaliação da Greve Nacional da Educação que ocorreu na quarta-feira.
“Avaliamos que foi significativo, envolveu 222 cidades, teve adesão e apoio de amplos setores da sociedade. Isso fortaleceu a mobilização”, conta Erlando.
“Houve boa repercussão na imprensa. Nos chama a atenção a reação do governo, cuja base de deputados está batendo cabeça sobre os cortes”, completa.
“Debatemos aspectos sobre a luta em defesa das universidades e também o decreto de Bolsonaro que retira dos reitores a responsabilidade de nomear pró-reitores e diretores”, diz.
“A Andifes disse que está estudando a questão amplamente e logo terá posição a respeito”, completa o 3º tesoureiro do ANDES-SN.
Segundo Erlando Rêses, a Andifes também relatou aos presentes como foram suas discussões recentes com Abraham Weintraub, ministro da educação.
Na ocasião, Andifes e MEC debateram questões como ENEM, Capes, Fundeb e eleição para reitores. Segundo a Andifes, o MEC manteve sua posição quanto aos temas.
O ministro da educação também afirmou que receberá reitores de universidades federais, desde que com a presença de parlamentares do respectivo estado.
“Entendemos que isso diz respeito à barganha que o governo tenta fazer para aprovar a Reforma da Previdência”, avalia Erlando Rêses.
O ANDES-SN encerrou a reunião ressaltando a importância da unidade entre as entidades na luta em defesa da educação pública.
Também lembrou das duas próximas grandes manifestações. Em 30 de maio, nova manifestação contra os cortes de orçamento está sendo organizada por entidades estudantis.
Já em 14 de junho, terá lugar a Greve Geral contra a Reforma da Previdência, convocada pelas centrais sindicais.