Ainda sem 13º, docentes e técnicos da Unesp preparam ato para dia 14

Publicado em 11 de Fevereiro de 2019 às 14h58. Atualizado em 11 de Fevereiro de 2019 às 15h01

Os docentes e os técnico-administrativos estatutários da Universidade Estadual Paulista (Unesp) ainda não receberam o 13º salário de 2018. São cerca de 12.700 pessoas, entre ativos e aposentados, com o pagamento em atraso.
 

Comunidade acadêmica realizou ato público dia 22/1 pelo pagamento do 13º salário na Unesp. Foto: Adunesp SSind.


Para dar continuidade à luta, a comunidade acadêmica realizará um ato na capital paulista na quinta-feira (14). Na mesma data ocorrerá mais uma reunião do Conselho Universitário (CO) da Unesp para discutir o assunto. A manifestação foi chamada pelo Fórum das Seis, que agrega as entidades sindicais das três universidades estaduais paulistas.

Na última reunião do CO (22/1), a maioria dos conselheiros aprovou o pagamento do 13º em duas parcelas, nos meses de fevereiro e maio. Foi derrotada a proposta do reitor, de fazer a quitação em quatro parcelas ao longo do ano, condicionadas à arrecadação do ICMS. Na ocasião também houve protesto de docentes e técnicos em frente à reitoria da Unesp.

Após a reunião, o reitor da Unesp, Sandro Valentini, divulgou comunicado afirmando que a decisão do CO era apenas uma “indicação”. Segundo ele, o assunto voltaria à pauta em nova reunião do colegiado, no dia 14 de fevereiro. 
Em nota, o Fórum das Seis afirma que “entende que o imbróglio em torno ao 13º na Unesp é apenas a ponta do iceberg no cenário de desmonte que cerca as universidades estaduais paulistas, consequência da falta de financiamento adequado, de muita subserviência dos reitores ao governante de plantão e dos inúmeros ataques que têm sido perpetrados contra essas instituições ao longo dos anos”.

As entidades que compõem o Fórum das Seis consideram importante manter e ampliar a pressão sobre a reitoria da Unesp. Por isso, o ato no dia 14 dará evidência não só à luta pelo 13º salário, mas também em defesa das universidades estaduais paulistas. “Certamente, a prática de retirada de direitos se consolidará, e mais direitos serão sequestrados, se permitirmos que seja suprimido esse direito constitucional de uma parte da comunidade das estaduais paulistas”, ressalta o Fórum.

João Chaves, presidente da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a questão do 13º salário não está incluída na pauta da reunião do CO. A Adunesp-SSind, no entanto, fará pressão para que haja a discussão do tema no CO.

“Esperamos não apenas uma mobilização da Unesp, mas também das comunidades acadêmicas das demais universidades estaduais paulistas. Nossa luta é em defesa do 13º salário dos trabalhadores da Unesp e também em defesa do financiamento das universidades públicas”, comenta o docente.

Fonte: Adunesp-SSind. Com edição e inclusão de informações de ANDES-SN.

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