Docentes da UEMG paralisaram atividades contra o RRF e a privatização das estatais

Publicado em 28 de Setembro de 2023 às 17h47. Atualizado em 28 de Setembro de 2023 às 19h06

Na terça-feira (26), docentes e estudantes da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) realizaram mais uma paralisação contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e a privatização de estatais, como a Copasa e a Cemig.

A mobilização, convocada pela Associação dos Docentes da UEMG (Aduemg - Seção Sindical do ANDES-SN), ocorreu em conjunto com a Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, que congrega sindicatos de diversas categorias do funcionalismo público, e com o Movimento de Atingidos pelas Barragens (MAB).

Após o ato unificado, na praça da Assembleia Legislativa de MG, foi entregue uma carta-manifesto da Aduemg SSind. à presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, deputada Beatriz Cerqueira (PT), e para o presidente da Comissão de Trabalho, Previdência e da Assistência Social, Deputado Betão (PT).

A paralisação também envolveu docentes e estudantes nas diversas Unidades Acadêmicas da UEMG, onde foram realizadas plenárias, atos e manifestações simultâneas, em algumas cidades onde se localizam campi da instituição, apresentando as reivindicações da comunidade universitária. O cumprimento do acordo de greve de 2016 (homologado em 2018) junto com a luta contra o RRF centrou os debates.

A discussão sobre a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal no estado de Minas Gerais ocorre desde 2019, quando foi proposta pelo governador Romeu Zema (Novo). O Projeto de Lei, que atualmente tramita na ALMG, prevê uma série de ataques ao serviço público, incluindo privatizações e aprofundamento das perdas previdenciárias impostas desde 2020.

Na educação, e particularmente no caso das universidades estaduais, os impactos são imediatos: congelamento de salários por 9 anos, quando docentes e técnico-administrativos já acumulam perdas inflacionárias de mais de 66%; a não realização de concursos públicos, o que implica na permanência de vínculos de trabalhos temporários, que no caso da UEMG chega a 40% do corpo docente; e o corte de investimentos que impactam diretamente no funcionamento das universidades.

Fonte e fotos: Aduemg SSind. com edição do ANDES-SN

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