ANDES-SN manifesta apoio à docentes universitários do Peru em greve

Atualizado em 24 de Novembro de 2023 às 13h42

Docentes de 52 universidades do Peru estão em greve há quase dois meses em luta por direitos e salários, recomposição orçamentária, autonomia universitária, carreira estruturada e aposentadoria digna, entre outras reivindicações. Nessa quinta-feira (23), a categoria participou do Dia de Paralisação Nacional da Educação. 

Foto: Divulgação / Fendup

O movimento paredista, iniciado em 26 de setembro, tem sido marcado pela realização de dezenas de manifestações pelo país, para pressionar o reacionário governo de Dina Boluarte a avanças nas negociações em torno da pauta defendida pelas professoras e pelos professores. A mobilização já conquistou a promessa do orçamento das universidades do Congresso Nacional do Peru. No entanto, a presidenta e seu ministério da Educação mantiveram uma postura de desqualificar o movimento grevista e não avançar em negociações. 

Graciela Alvarado, secretária-geral da Federação Nacional de Docentes Universitários do Peru (Fendup), declarou, em entrevista à Rádio Exitosa, que até o momento não há nenhuma solução, pois as reuniões com representantes do governo não avançam. “Não reconhecem a dívida social que têm com os e as docentes universitários”, afirmou. Em mensagem direta à presidenta do Peru, Graciela lembrou que os e as docentes das universidades públicas são responsáveis pela formação dos e das profissionais que irão contribuir para o desenvolvimento do Peru. “Invista na Educação, presidenta”, cobrou.

Em nota de apoio aos professores e às professoras do Peru, a diretoria do ANDES-SN lembrou que a situação pela qual passam docentes peruanos é muito parecida com aquela pela qual vivenciada a categoria das Instituições Federais de Ensino no Brasil, na Campanha Salarial 2024. “Também enfrentamos mesas de negociações que “nunca chegam a nada”. Não é uma coincidência que o movimento peruano defenda bandeiras parecidas com aquelas defendidas por nós. O projeto do capital para a educação é internacional e, por isso, cria os mesmos desafios para o movimento docente internacional enfrentar”, afirma.

“Em situações de luta como aquela enfrentada pela(o)s trabalhadora(e)s da educação no Peru, a solidariedade internacional é importante. Por isso, o ANDES-SN manifesta sua solidariedade e seu apoio ao movimento paredista de docentes universitários no Peru”, acrescenta a nota. Leia aqui.

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