ANDES-SN recebe Medalha Chico Mendes de Resistência

Atualizado em 03 de Abril de 2019 às 10h14

O ANDES-SN foi uma das dez entidades e pessoas a receber do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro a 31ª Medalha Chico Mendes de Resistência. A cerimônia de entrega da medalha aconteceu nessa segunda-feira (1), na Capela Ecumênica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, recebeu a medalha em nome da entidade. Foto: Luiz Fernando Nabuco / Aduff SSind.

A medalha homenageia pessoas físicas ou jurídicas por suas lutas na defesa dos direitos à vida e à liberdade e por uma sociedade plural, fraterna e sem torturas. Essa homenagem é realizada anualmente desde 1989. Participam da escolha dos homenageados entidades fluminenses de defesa dos direitos humanos.

“A medalha Chico Mendes de Resistência é entregue a pessoas, vivas ou já falecidas, e a entidades que se constituem como campo de resistência na luta. Muito nos honra o ANDES-SN ser reconhecido como um dos campos de resistência na luta da classe trabalhadora”, comentou Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN.

Os demais homenageados foram: Tekoa Ka’Aguy Ovy Porã – Pajé Lidia, Quilombo Santa Rita do Bracuí, Maria Regina Lobo Figueiredo (in memorian), Mãe Beata de Iemanjá (in memorian), Lúcia Xavier, Resistentes do MST, Elmo Corrêa (in memorian) e José Sales Pimenta (in memorian). Uma homenagem especial foi dedicada a Marielle Franco, vereadora do Psol carioca, assassinada em 14 de março de 2018.

“Foi uma cerimônia muito emocionante em que nós pudemos relembrar lutadoras e lutadores que tombaram na luta. Estar nesse rol de homenageados é motivo de grande orgulho para o nosso sindicato, que tem se constituído, ao longo da sua história, como um espaço de resistência, combatividade e de autonomia na organização da luta da categoria docente e da classe trabalhadora como um todo”, acrescentou Gonçalves.

Origem da medalha
O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ ficou indignado com homenagens prestadas a torturadores pelo Exército em 1989. Na ocasião, o Exército conferiu aos torturadores a mais alta comenda desta arma, a Medalha do Pacificador. Em resposta, o GTNM/RJ resolveu criar sua própria medalha em referência a Chico Mendes, assassinado em 1988. A entrega da medalha Chico Mendes é realizada normalmente no dia 1º de abril, data que marcou, em 1964, o início da ditadura empresarial-militar.

Com informações e imagem de Grupo Tortura Nunca Mais/RJ

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