As e os docentes das universidades estaduais do Maranhão (Uema) e da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) decidiram por unanimidade rejeitar o pedido do governo de suspensão da greve nas instituições. A decisão foi aprovada em assembleia geral da categoria no sábado (30), que deliberou, ainda, pela continuidade da paralisação iniciada em 24 de agosto.
A proposta do governo foi apresentada pela Secretaria de Planejamento e Orçamento e Secretaria Estado da Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores (Segep), em audiência com o Sindicato de Docentes das Universidades Estaduais Públicas do Maranhão (Sinduema Seção Sindical do ANDES-SN), mediada pelo Ministério Público do Maranhão. A categoria recebeu com indignação a proposta, que consistia também em aguardar uma posição sobre o reajuste até o dia 30 de outubro.
As professoras e os professores aprovaram também, na assembleia, a publicação da "Carta dos professores das IES estaduais à sociedade maranhense" e a "Carta de desagravo ao presidente do Sinduema SSind prof Bruno Rogens".
Durante esta semana, o Sinduema SSind. continuará negociando com governo e reitorias, acompanhado por parlamentares estaduais e o Ministério Público para buscar propostas concretas que atendam a pauta da categoria. “Somente desta forma será possível encontrar uma solução para o fim da greve e a volta às aulas na Uema e Uemasul”, afirma nota do Sinduema SSind.
Greve avança nas conquistas
A última semana foi importante para o movimento grevista da Uema e Uemasul, com destaque para a conquista da equiparação salarial por titulação para os docentes substitutos da Uema. O pleito que vinha sendo reivindicado há tempos pela categoria e é uma das pautas da greve.
Também houveram atos nos campi de todo o estado. “O Sinduema SSind segue cada vez com mais apoio da sociedade e de outros movimentos e a greve continua até o governo do estado dialogar com os e as docentes e atender as suas pautas”, afirma a Seção Sindical do ANDES-SN.
Histórico
Em abril deste ano, o Sinduema SSind. protocolou a pauta da categoria junto ao governo do estado. Desde então, o sindicato realizou diversas atividades para pressionar pela abertura de diálogo. No entanto, não receberam qualquer retorno, o que levou a deflagração da greve, por tempo indeterminado, no último dia 24 de agosto. Confira a pauta da categoria:
- Recomposição salarial integral de 50,28% nos vencimentos dos docentes (perdas acumuladas no período de julho de 2012 a fevereiro de 2023);
- Isonomia salarial entre professores efetivos e substitutos de acordo com sua Titulação;
- Nomeação imediata de professores efetivos aprovados em concurso público na Uema e Uemasul;
- Concurso público imediato para a diminuição da proporção entre substitutos e efetivos na Uema e Uemasul;
- Conclusão imediata das obras do novo campus da Uema em Balsas;
- Recomposição do orçamento da Uema e Uemasul.
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