Docentes de seis universidades estaduais do Paraná deflagram greve por reposição salarial

Publicado em 12 de Maio de 2023 às 14h10

Docentes de seis universidades das Estaduais do Paraná (Unespar), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Norte do Paraná (Uenp), de Ponta Grossa (UEPG) e de Maringá (UEM) aprovaram, em assembleias, a deflagração da greve a partir da próxima segunda-feira (15). O governador Ratinho Junior (PSD) anunciou um valor irrisório de reajuste geral de 5,79% diante das perdas acumuladas de 42% da categoria e, ainda, se nega a receber as representações sindicais das e dos docentes das universidades. A categoria da Universidade Estadual Londrina (UEL) foi a primeira a deflagrar a greve no dia 8 de maio [Leia aqui]. Já as e os docentes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) decidem em assembleia na próxima quarta-feira (17) se aderem ou não ao movimento paredista.

As seções sindicais do ANDES-SN no Paraná têm realizado reuniões para a construção da greve com mobilizações para pressionar o governo estadual para abrir uma mesa de negociação pela reposição salarial, e também para apresentar prazos concretos em relação à proposta de carreira docente. A Sindunespar SSind. realizará uma reunião com os Comandos de Greve locais para decidir as ações a serem realizadas a partir da próxima segunda-feira (15), que será a data de início da greve.

Na Adunioeste SSind., além de pressionar o governo, as e os grevistas terão a tarefa de ampliar a discussão com a comunidade acadêmica e restante da sociedade sobre a precariedade que os governos têm imposto às universidades públicas e construir uma luta com toda a população pelo direito de termos um ensino público, gratuito e de qualidade.

Já no Sindiprol/Aduel SSind., que representa as e os docentes da Uenp e Uel, as e os presentes na assembleia, além da deflagração da greve, aprovaram o envio de uma solicitação para que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) se reúna e vote, imediatamente, a partir do dia 15 de maio, a suspensão do calendário da graduação e pós-graduação da Uenp. Na assembleia, também foram formadas as Comissões de Ética, de Mobilização, de Divulgação e de Diálogo com Estudantes. 

Na Sinduepg SSind., a assembleia elegeu um Comando da Greve Docente na UEPG, que vai encaminhar atividades de paralisação, a partir da segunda. Já na Sesduem SSind., no primeiro dia do movimento paredista, será realizada uma reunião às 10h no auditório Auditório Nadir Cancian, para formação dos comitês de organização da greve, que deverão decidir sobre o funcionamento de atividades essenciais e organizar outras ações durante o período de greve.

Edmilson da Silva, 1º vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, ressaltou a importância da deflagração da greve das estaduais nesse momento. “Estamos no mês de maio e, mais uma vez, o governo sinaliza com o calote. Estamos desde 2016 sem a reposição da inflação, que acumula perdas de mais de 42% e o governo para desmobilizar as categorias apresenta propostas ilusórias de ajustes na carreira. É o quinto ano de um governo que tem uma política de divisão das categorias dos servidores públicos e que vem dando um tratamento diferente e de desvalorização dos servidores públicos”, criticou.

Segundo o diretor do ANDES-SN, o movimento grevista nasceu a partir da insatisfação de grande parte das e dos docentes da base. “Faremos as construções de ações locais e também em Curitiba (PR) para que possamos demover o governo e que esse governo possa assumir um compromisso de valorização dos servidores públicos”, concluiu.

Com informações das seções sindicais do ANDES-SN

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