Estudante da UFSC, presa em ato pela democracia, é liberada na tarde desta sexta-feira

Atualizado em 12 de Agosto de 2022 às 16h09

Uma estudante de filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) foi detida pela Polícia Militar na quinta-feira (11) no centro de Florianópolis durante o ato do Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro: em defesa da democracia e por eleições livres, direitos sociais, contra a violência, o desemprego e a fome.​

A polícia militar, que agiu de forma truculenta, prendeu a estudante sob acusação de estar pichando um prédio público. No momento da prisão, segundo vídeos que circulam pelas redes sociais, os policias encurralaram a jovem contra uma parede. Manifestantes tentaram impedir, mas foram agredidos pelos policiais.​

A estudante de Filosofia foi levada à penitenciária feminina e, após audiência de custódia, foi liberada mediante Alvará de Soltura, na tarde desta sexta-feira, 12.

Estudantes e movimentos sociais fizeram uma vigília desde ontem em frente ao complexo em solidariedade à universitária. O ato de quinta, além da luta em defesa da democracia, também foi em defesa da educação pública e em homenagem ao Dia do Estudante.​

Segundo informações divulgadas pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sinstrasem), pelo menos outros quatro estudantes ficaram feridos após serem atingidos pelos policiais.​ O ANDES-SN e demais entidades seguirão cobrando apuração do abuso de poder dos policiais em questão. 

Repúdio
Diversas entidades e instituições se manifestaram contra o episódio de violência. A Ufsc publicou uma nota afirmando que "apresenta veemente protesto contra o uso da força excessiva, truculência e abusos cometidos pela Polícia Militar de Santa Catarina".​

"A jovem, detida supostamente por fazer pichações, foi imobilizada à força, em atitude de nítida truculência. No momento da prisão fica evidente a atitude injustificável dos policiais, que deveriam estar no ato para garantir a segurança dos manifestantes. É simbólico que isso tenha ocorrido no mesmo dia em que a UFSC abriu suas portas para acolher um evento pró-democracia. Inadmissível, também, é convivermos com atitudes autoritárias em repressão a manifestações pacíficas e legítimas em favor da liberdade e dos direitos sociais e fundamentais, diz a instituição. ​

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