Greve das trabalhadoras e dos trabalhadores do Metrô de SP encerra no segundo dia

Publicado em 24 de Março de 2023 às 20h58

As trabalhadoras e os trabalhadores do Metrô de São Paulo encerraram o movimento paredista iniciado no primeiro minuto de quinta-feira (22). Em assembleia, realizada na manhã desta sexta-feira (24), a categoria votou por aceitar proposta da empresa que consistia no abono de R$ 2 mil que será pago no dia 14 de abril. Também serão iniciadas as negociações da Participação nos Resultados (PR) 2023 a ser paga em 2024. Há também o compromisso de não haver punições ou desconto por falta durante a greve.

Segundo o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, a proposta está abaixo do esperado, mas a categoria saiu fortalecida após a paralisação para a Campanha Salarial 2023. “A categoria está indignada com o governador Tarcísio, que mentiu sobre a liberação da catraca livre e sobre não ter dinheiro para pagar o abono”, disse o sindicato em suas redes.

Na noite de quinta-feira (23), houve uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo entre a Companhia do Metropolitano (Metrô) e o Sindicato dos Metroviários. Na ocasião, o Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentou ao sindicato e o Metrô propostas para um possível acordo entre as partes. A proposta apresentada pelo MPT sugeria o pagamento do valor de abono de R$ 2,5 mil por trabalhadora e por trabalhador, por ano, de 2020 a 2022, o cancelamento de punições, a garantia de não retaliação aos grevistas e a ausência de descontos dos dias parados. O governo do Estado de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o Metrô SP não se posicionaram sobre a proposta e a greve foi mantida. 

Neste meio tempo, o Metrô foi multado em R$ 100 mil pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região por impedir a catraca livre, uma medida proposta pelo Sindicato como forma de manter o protesto e não prejudicar a população. A justiça entendeu que o metrô fez "conduta antissindical" ao não permitir que os funcionários grevistas liberassem as catracas das linhas Azul, Verde e Vermelha. 

Greve 
Devido intransigência do governo e do Metrô a categoria decretou greve reivindicando o pagamento de perdas salariais, o fim das terceirizações e abertura de concurso público mediante o quadro defasado de funcionárias e funcionários do Metrô, e pelo pagamento de um abono referente a três anos de Participação nos Resultados de 2020, 2021 e 2022, que não foram pagas pelo Metrô. 

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