Cerca de 2 milhões de pessoas saíram às ruas da França na última quinta-feira (19) em um dia greve nacional contra a reforma da Previdência. O governo de Emmanuel Macron pretende aumentar a idade da aposentaria de 62 anos para 64 anos, a partir de 2030. Os atos foram registrados em ao menos nove cidades, incluindo a capital Paris, Toulouse, Marselha, Nantes, Clermont-Ferrand, Montpellier, Tours, Nice, Lyon.
Não é a primeira vez que francesas e franceses saem às ruas contra a reforma da Previdência. Em 2019, também sob o governo de Macron, milhares de pessoas protestaram contra mudanças nas regras para aposentadoria que pretendiam criar um sistema único de aposentadoria no país, aumentar a idade de 62 para 64 anos e diminuir o valor das pensões, entre outras alterações.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) convocou um novo dia de greve e paralisações para 31 de janeiro.
Reino Unido
Após uma primeira greve histórica em dezembro passado, as e os profissionais de enfermagem do Reino Unido retomaram, na última quarta e quinta-feira (18 e 19), as paralisações por melhores salários e condições de trabalho. O sistema de saúde pública do país está sobrecarregado por falta de pessoal.
Segundo o Royal College of Nursing (RCN), sindicato da categoria, se as negociações com o governo não avançarem, novas greves das enfermeiras e dos enfermeiros estão previstas para os dias 6 e 7 de fevereiro no Reino Unido. As reivindicações não se restringem à Inglaterra, mas abrangem também trabalhadoras e trabalhadores da Irlanda do Norte. Na Escócia, a ação de greve permanece em pausa enquanto as negociações continuam.
A mobilização não se limita à área da Saúde. Diversas categorias têm realizado greves, protestos e paralisações há meses, devido ao aumento da precarização do trabalho, do custo de vida e da inflação, que ultrapassa 10% e corrói o salário das trabalhadoras e dos trabalhadores britânicos. Setores como transporte, construção civil, limpeza, segurança e educação também estão em luta.
Professoras e professores do ensino médio da Inglaterra já anunciaram que irão paralisar as atividades em fevereiro. Na Escócia, a categoria iniciou uma paralisação contínua de 16 dias na última semana.
Com informações da CGT, RCN e BBC