Na luta por recomposição salarial emergencial, docentes participam de semana de lutas em Brasília

Publicado em 31 de Março de 2022 às 21h40
FOTO: André Luís | imprensa ANDES-SN

Em mais uma semana de intensa movimentação política, servidoras e servidores públicos participaram de diversos atos públicos em Brasília (DF), exigindo a recomposição salarial emergencial de 19,99% para todas as categorias do serviço público federal. Cobraram também investigação e punição para o "bolsolão" do MEC. A atividade foi chamada de “Ocupa Brasília” e fez parte da jornada de lutas das entidades do serviço público. 

Na quarta-feira (30), as e os manifestantes se concentraram, logo no começo da manhã, no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios e seguiram em marcha, com faixas e palavras de ordem contra o governo Bolsonaro e os desmontes dos serviços públicos. Assim como em momentos anteriores desta jornada, o destino da marcha o bloco P do Ministério da Economia, local em que é realizada uma vigília permanente desde o último Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Manifestações, em 16 de março. No final do ato, um documento exigindo que uma mesa de negociação seja aberta foi entregue a representantes do governo.

Já no dia seguinte (31), a jornada de luta dos servidores também contou com atos pela manhã e começo de tarde. O ANDES-SN e diversas outras entidades se reuniram no gramado em frente ao Anexo 2 do Senado Federal, com objetivo de pressionar as e os senadores para garantir apoio na luta pelo reajuste de 19,99% para a categoria. Por lá, o senador Paulo Rocha (PT) conversou com as e os manifestantes e garantiu que irá disponibilizar um espaço de vigília no gabinete para que a luta das e dos servidores possa ser ouvida também no Senado. Os e as manifestantes seguiram em marcha até o Congresso Nacional. 

Luís Eduardo Neves, 1º tesoureiro da Regional Nordeste I, acredita que a construção de unidade em busca de um mesmo objetivo fortalece os interesses da classe trabalhadora e é de extrema importância para alcançar um reajuste emergencial para todas e todos. “Avaliamos que as concentrações, vigílias e passeatas são fundamentais para mostrarmos ao governo de que a nossa disposição para a luta só aumenta. Estamos fazendo pressão para que o Ministério da Economia nos receba para negociar. Cobramos o reajuste emergencial de 19,99% e o nosso prazo está findando agora no começo de abril. Representantes de todo o Brasil continuarão em Brasília e vamos seguir na luta e na construção da greve até garantir a reposição salarial”, destacou. 

31 de Março – Ditadura Nunca Mais: por memória, verdade e justiça!
Docentes da Seção Sindical do ANDES-SN na Universidade Federal do Pará (Adufpa SSind.), sofreram um ataque de manifestantes pró-governo na manhã desta quinta-feira, (31). As professoras e os professores atravessavam a Esplanada, a caminho do Anexo 2 do Senado, quando um homem não identificado avançou para cima do grupo formado por representantes do Sindicato Nacional. 

Elen Carvalho, diretora da Adufpa SSind. que estava no grupo, disse que no momento em que manifestantes pelo "Ditadura Nunca Mais" caminhavam, foram interpelados por apoiadores do golpe militar. “Um homem partiu para cima da nossa comitiva, com palavras chulas e tentando nos humilhar. Entendemos que esse é o ataque da direita raivosa, mas não vamos nos calar e não seremos intimidados ou humilhados.  Estaremos sempre em defesa da democracia e das liberdades democráticas”, finalizou.

O ANDES-SN repudia veementemente toda e qualquer violência, física ou verbal, e reforça a necessidade de se posicionar contra a celebração de um período tão sombrio da história do Brasil.  

A mobilização das diversas áreas do serviço público apresenta resultados
O governo Federal, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, começou a estudar a possibilidade de conceder um reajuste de apenas 5% para as servidoras e os servidores do Executivo. Por isso, a luta para garantir que todas e todos servidores públicos possam receber, ao menos, o valor da inflação acumulada durante o governo Bolsonaro, de 19,99%, continua.

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