Sábado foi marcado por carreatas Fora Bolsonaro em todo o país

Atualizado em 25 de Janeiro de 2021 às 17h32

Apesar da pandemia, que impõe limitações às manifestações públicas, o início de 2021 já está sendo marcado por vários protestos diante da grave crise sanitária, econômica e social instalada no país. Depois dos panelaços pelo Fora Bolsonaro, nos primeiros dias do ano, o último sábado (23), foi marcado por carreatas que tomaram as ruas de todas as capitais e de mais de 50 outras cidades, de norte a sul do Brasil.

As manifestações reuniram carros, motos e até bicicletas com pessoas exigindo o impeachment de Jair Bolsonaro, a vacinação imediata para toda a população e a volta do auxílio emergencial. Os protestos foram organizados por movimentos sociais, sindicais, partidos e organizações da classe trabalhadora.

A indignação contra a política genocida do governo Bolsonaro em meio à pandemia, com o descaso com a saúde da população e com as condições de sobrevivência de milhares de brasileiros e brasileiras pautou os protestos em todo o Brasil. Além do mote “Fora Bolsonaro” em cartazes e faixas, gritos de “genocida” e “assassino” foram comuns nos protestos, além de saudações aos SUS e aos trabalhadores da saúde. Por onde passaram, as carreatas contaram com o apoio da população que circulava pelas ruas, nos paradas de ônibus e demais espaços públicos.

Em capitais como Brasília (DF) e Porto Alegre (RS), as carreatas foram “gigantes”, com várias centenas de veículos, ocupando quilômetros de extensão. Na capital federal, a manifestação percorreu a Esplanada dos Ministérios e as duas Asas (Norte e Sul) do Plano Piloto, região central de Brasília. Em frente ao Congresso Nacional, foram colocadas faixas que cobravam o impeachment de Bolsonaro.

Os protestos fazem parte de uma agenda de lutas contra a política genocida do governo Bolsonaro, em defesa da saúde pública e por uma ampla campanha de vacinação para todas e todos. Uma nova carreata está agendada para o dia 31 de janeiro.

Devido ao negacionismo e descaso do governo federal, não houve o planejamento necessário nem a aquisição de vacinas e insumos suficientes para um Plano Nacional de Imunização que dê conta de atender toda a população. A quantidade de doses disponibilizadas para essa primeira etapa sequer é suficiente para a vacinação com duas doses das pessoas incluídas no grupo prioritário da primeira fase.

Um levantamento do site de notícias UOL, divulgado em 21 de janeiro, aponta que, quando foi iniciada a vacinação, havia apenas 10,8 milhões de doses disponíveis em território nacional, sendo que o grupo prioritário contabiliza pelo menos 14,8 milhões de brasileiros. Como para imunização eficaz são necessárias duas doses, o país precisaria de pelo menos 29,6 milhões de doses nessa primeira etapa para imunizar todos e todas trabalhadores e trabalhadoras da área da saúde, na linha de frente do combate à Covid-19, indígenas e idosos/as e pessoas com deficiência que morem em instituições.

Jornada de lutas das servidoras e servidores
Teve início também nesse fim de semana (24), a jornada nacional de lutas em defesa dos serviços públicos, da vida a frente dos lucros e pela vacinação imediata de toda a população. As atividades estão sendo convocadas pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), pelas coordenações dos fóruns estaduais, reunindo ainda servidores estaduais e municipais, e também centrais sindicais e movimentos sociais.

Durante toda essa semana, estão previstas atividades nos estados e também pela internet, incluindo a participação nos debates do Fórum Social Mundial, 2021, que começou no sábado (23).

No 1º de fevereiro, será realizado o Dia Nacional de Lutas em defesa da vacina para todas e todos, com carreatas em diversos estados e ato em Brasília (DF), na Câmara dos Deputados. Os manifestantes organizarão uma vigília em frente ao Anexo 2 da Câmara para acompanhar a eleição à presidência da Casa, marcada para acontecer presencialmente, naquele dia.

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* Com informações da CSP-Conlutas e UOL

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