Estarrecidas(os), assistimos às cenas de guerra resultantes da "operação Contenção" ocorrida em 28 de outubro de 2025, no Rio de Janeiro, a qual o governador definiu como um "sucesso", escancarando a necropolítica do Estado e a total inépcia para tratar da segurança da população fluminense. A extrema direita se alimenta do caos. É inaceitável a naturalização do extermínio da população pobre periférica, pois é nas favelas que moram as(os) faxineiras(os), as(os) babás, as garçonetes, os garçons, aquelas e aqueles trabalhadoras(es) que servem nos palácios e para as(os) quais é negado direitos sociais fundamentais.
A insegurança e o medo que se instalam a cada operação policial interrompem o cotidiano de famílias, escolas e de unidades de saúde, impondo o terror como política estatal.
Ao mesmo tempo, Castro atua contra a PEC 18/2025 da segurança pública e contra a ADPF das Favelas e, no mês passado, enviou para ALERJ o PL da “Gratificação Faroeste”, aprovada pela maioria da bancada governista, que premia financeiramente as(os) policiais por número de mortes provocadas em confronto. A pressão da população fluminense provocou o recuo do governador que vetou a Lei aprovada.
O ANDES - Sindicato Nacional, em solidariedade à dor das famílias, à classe trabalhadora e ao povo negro, denuncia e repudia veementemente as ações do Governador Cláudio Castro e ratifica a urgência de apuração e responsabilização pelo massacre nos complexos do Alemão e da Penha.
Tantas vidas ceifadas não podem ser em vão.
A revolta que mobiliza é fundamental.
A pressão popular nas ruas é urgente.
Brasília, 29 de outubro de 2025.
Diretoria do ANDES - Sindicato Nacional