NOTA DE SOLIDARIEDADE AO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE (PSOL) E DE REPÚDIO ÀS AÇÕES PROTOFASCISTAS EM NITERÓI

NOTA DE SOLIDARIEDADE AO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE (PSOL) E DE REPÚDIO ÀS AÇÕES PROTOFASCISTAS EM NITERÓI

Atualizado em 20 de Fevereiro de 2020 às 21h46

NOTA DE SOLIDARIEDADE AO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE (PSOL) E DE REPÚDIO ÀS AÇÕES PROTOFASCISTAS EM NITERÓI

Tomamos conhecimento hoje, dia 20 de fevereiro de 2020, que o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) da cidade de Niterói/RJ vem recebendo ameaças anônimas de cunho fascista. As ameaças, dirigidas a um amplo conjunto de pessoas que compõem a legenda, exigem que o partido retire suas candidaturas ao pleito eleitoral do corrente ano.

As ameaças iniciaram com uma carta, mas ontem à noite, dia 19 de fevereiro, foram elevadas a outro patamar. Um “dossiê” foi jogado na sede do partido na cidade de Niterói/RJ, contendo 55 páginas e inúmeras ameaças à(o)s militantes do partido, a outro(a)s militantes sociais e professore(a)s das universidades públicas do Rio de Janeiro.

As ameaças, baseadas em eugenismo, capacitismo, racismo, machismo e homofobia, destinam-se a todo(a)s que ousam pensar diferente da cultura que tenta ser imposta pela extrema-direita. O material cuja organização busca a intimidação e, consequentemente, a retirada das candidaturas, contém fotos e informações sobre a vida de diverso(a)s militantes do partido ou de personagens políticas da esquerda, fotos de militantes torturado(a)s durante o período ditatorial e, inclusive, fotos que responsabilizam a miscigenação por gerar pessoas com deficiência.

A capa do “dossiê” traz estampada uma foto desfigurada de Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 14 de março de 2018, com a seguinte legenda “Comunista bom é comunista morto. Um ultimato ao PSOL!”. Assassinato que, aliás, até o momento, não teve a devida apuração.

Enquanto a pergunta “Quem mandou matar Marielle?” continua a ecoar em nossas mentes, enquanto a polícia do governo do estado do Rio de Janeiro continua a exterminar moradore(a)s da periferia, enquanto o presidente da república desrespeita mulheres jornalistas, professore(a)s e servidore(a)s público(a)s entre tanto(a)s outro(a)s, os grupos fundamentalistas de extrema-direita se espraiam pelo país, derramando ódio, ameaças e violência.

Repudiamos toda e qualquer forma de violência e ameaça aos partidos políticos e militantes sociais que legitimamente compõem a frágil democracia brasileira. Repudiamos que o ódio esteja sendo a fórmula do domínio ideológico que a extrema-direita busca. Repudiamos o ataque às pessoas com deficiência, aos negros e negras, às mulheres, aos LGBTTi e a qualquer um(a) que ouse pensar e defender uma vida que não seja a da opressão!

Nos solidarizamos com o PSOL e com todo(a)s o(a)s seus (suas) militantes. Nos solidarizamos e estaremos juntos nas fileiras que devem combater a extrema-direita no Brasil.

Não pararemos de lutar!
Lutar não é crime!

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