Estudantes são atacados pela PM durante protesto contra interventor no IFRN

Atualizado em 19 de Agosto de 2020 às 10h32

Estudantes e trabalhadores do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) foram vítimas de violência policial no campus Natal, no dia 11 de agosto, Dia do Estudante.

Os manifestantes protestavam pacificamente contra a intervenção federal no instituto, quando foram surpreendidos pela Polícia Militar, acionada pelo interventor e sua equipe. Desde abril de 2020, o instituto é comandado por Josué Moreira, indicado pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintreaub. Moreira sequer participou do processo eleitoral do IFRN.

Na ação, os policiais apreenderam celulares e agrediram estudantes e, ainda, lançaram spray de pimenta nos manifestantes. Na saída do estacionamento, um dos servidores técnicos afirmou ter sido atropelado no portão por um servidor da reitoria. Vídeos da ação truculenta circulam na internet. Um deles mostra um policial militar dentro das instalações perseguindo estudantes e o outro, feito fora do prédio, mostra policias lançando spray de pimenta.

Em nota, o ANDES-SN se manifestou contra os atos de violência e se solidarizou com os estudantes e servidores. A entidade exigiu a saída do interventor e a imediata nomeação do reitor eleito pela comunidade acadêmica.

"As instituições de ensino público devem ser lugar para preservar a liberdade de expressão, incentivar a criatividade e autonomia dos estudantes e produzir conhecimento, de forma a contribuir para a melhoria de vida da população e não para ensinar violência e incentivar o ódio e a intolerância", diz a nota.

IFRN
Os diretores-gerais dos 22 campi do IFRN emitiram uma nota de apoio aos Estudantes do IFRN afirmando que os manifestantes exerceram o seu direito a cidadania clamando pelo retorno à normalidade democrática no instituto. Já o interventor, em comunicado, agradeceu a polícia militar e pediu desculpas à “gloriosa PM do RN, que tenta manter a integridade física dos servidores que estão trabalhando, a ordem e proteção do patrimônio público”. A governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT), determinou o afastamento do policial que comandou a operação.

 

 

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