Franceses mantém resistência contra a reforma da Previdência de Macron

Publicado em 18 de Dezembro de 2019 às 17h35

Desde o dia 5 de dezembro, os franceses estão mobilizados contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron. Nesta terça-feira (17), em novo ato, mais de um milhão de pessoas saíram às ruas de diversas localidades do país para dizer não à medida, segundo a Confederação Geral do Trabalho (CGT).

Professores, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, advogados, jornalistas e magistrados aderiram à paralisação convocada pelas centrais sindicais francesas. Trabalhadores do setor elétrico interromperam o fornecimento de energia para cerca de 50 mil lares nas proximidades das cidades de Bordeaux e 40 mil em Lyon durante a madrugada, como parte do protesto. Trabalhadores do setor de transportes completam 14 dias de greve nesta quarta-feira (18).

A proposta de aposentadoria do governo francês acaba com os atuais 42 regimes especiais e cria um sistema único de aposentadoria no país, aumenta a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos e diminui o nível das pensões.

De acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT), sem o anúncio da retirada do projeto, os protestos e a greve continuam na França. "Convocamos a organizar ações de greve e demonstração sempre que possível, especialmente em 19 de dezembro, em mobilizações locais até o final do ano", anunciou a central. A CGT defende que para garantir a sustentabilidade da Previdência é necessário acabar com o desemprego e as relações precárias de trabalho, garantir aumento dos salários e a igualdade salarial entre mulheres e homens no país.

Queda do ministro

Na segunda-feira (16), no 12º dia de greve nos transportes, Jean-Paul Delevoye, alto-comissário francês e idealizador do projeto de reforma da Previdência, renunciou ao cargo após a imprensa local revelar que ele é suspeito de conflito de interesses com o setor da previdência privada. Delevoye não comunicou ocupar 13 postos, incluindo o de administrador voluntário de um instituto de treinamento de seguros – um setor beneficiado pela reforma da Previdência proposta.

Coletes amarelos
Ano passado, uma série de manifestações populares ocorreu na França. Usando coletes amarelos, milhares de franceses foram às ruas contra o aumento do preço dos combustíveis e dos pedágios. Logo o movimento cresceu e colocou em xeque uma série de medidas neoliberais do governo do presidente Emmanuel Macron, que tem atacado em especial a juventude e classe trabalhadora do país.

 Com informações da DW

 

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