Servidores da Bahia conseguem adiar votação de aumento da contribuição previdenciária 

Publicado em 07 de Dezembro de 2018 às 11h56

Além do aumento de contribuição previdenciária, governador quer impor mudanças no custeio do plano de saúde dos servidores e extinção de cargos públicos

Os servidores públicos do Estado da Bahia conseguiram barrar, na quinta-feira (6), a votação do projeto que eleva contribuição previdenciária de 12% para 14%. Mais de 200 pessoas estiveram na sessão da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e pressionaram os deputados de oposição a entrarem com recursos para obstruir a votação. A mobilização deu certo, e a apreciação do Projeto de Lei (PL) 22.971 foi transferida para a próxima terça-feira (11).

Para Luiz Blume, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN, o governo Rui Costa (PT) não tem se mostrado um governo de oposição ao futuro presidente eleito, mas sim “afinado” com as mesmas políticas de arrocho salarial e de retirada de direitos defendidos pelo próximo presidente. “Estamos há quatro anos sem reajuste da inflação, e o governo colocou em regime de urgência a votação do PL 22.971, e de outros projetos que retiram direitos, mas os deputados da oposição conseguiram uma manobra regimental para barrar. É um tempo que ganhamos para mobilizar ainda mais os docentes e demais categorias para fazermos uma vigília na segunda (10) e terça-feira (11)”, disse.

Nos últimos anos, o governador Rui Costa (PT) vem realizando uma série de ataques aos servidores e aos serviços públicos. A política de arrocho salarial e, agora, a possiblidade de aumento da contribuição previdenciária comprometerá quase 25% os salários dos docentes, segundo o diretor do Sindicato Nacional.

Plano de saúde

Um projeto de autoria do Executivo agravará ainda mais a situação dos servidores públicos estaduais. O governo pretende reduzir em 50% da participação do Estado no custeio do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos da Bahia (Planserv). Atualmente, o Planserv tem seu custo anual bancado da seguinte maneira: os servidores arcam com 2/3 dos custos e o governo com o 1/3 restante.

Mobilização

As seções sindicais do ANDES-SN na Bahia têm realizado assembleias para decidir sobre uma futura paralisação no dia 11. “É necessário mobilizar ainda mais os servidores públicos, só com organização, luta e mobilização, conseguiremos barrar esses projetos”, ressaltou Blume.

 

Foto: Adusb SSind. 

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