Servidores públicos definem estratégias de mobilização com dia nacional de lutas em setembro

Publicado em 14 de Agosto de 2020 às 18h36.
Ações foram discutidas em grupos de trabalho e depois referendadas na plenária final do Seminário Nacional do Fonasefe

 

Durante três dias, mais de 200 representantes das diversas categorias que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) se reuniram no Seminário “O governo Bolsonaro, suas políticas e as consequências para a democracia brasileira”. A atividade ocorreu via internet e definiu estratégias de mobilização unificadas para os servidores públicos, federais, estaduais e municipais.

Na plenária final, realizada nesta sexta-feira (14), foram aprovados, por consenso, diversos encaminhamentos, entre eles um calendário de mobilização para os próximos meses contra a reforma administrativa, com um Dia Nacional de Lutas Unificadas, em defesa dos serviços e dos servidores públicos.


Na quinta-feira (13), os participantes estiveram reunidos, de forma virtual, divididos em grupos de trabalho, debatendo a organização sindical, o plano de lutas e propostas para o enfrentamento aos ataques do governo Federal, e também nas esferas estaduais e municipais, e seus apoiadores. ​ Os grupos apontaram estratégias de luta para a valorização de servidoras e dos servidores públicos do Brasil e em defesa do Estado e dos serviços públicos que atendem a toda a população.


Luiz Blume, da diretoria do ANDES-SN, destacou a importância da realização do seminário que, mesmo de forma virtual, garantiu a presença de quase 200 servidores e servidoras nos grupos de trabalho, o que já supera seminários realizados de forma presencial.

“Estamos incorporando essas atividades por conta da impossibilidade de nos reunirmos pessoalmente. No primeiro dia, as mesas e debates situaram o panorama, a conjuntura econômica e política atual, além dos desafios. Nos grupos, tivemos uma variedade dos servidores e servidoras que dialogaram, inclusive, pela articulação dos servidores públicos nos estados, com o objetivo de retomarmos ou criarmos fóruns dos servidores nos estados, congregando públicos federais e estaduais e municipais para construção da luta em todo o Brasil’’, ponderou.

As propostas foram sistematizadas em relatório aprovado na plenária final, nesta sexta (13), após falas de avaliação de entidades sindicais e de servidores de diversas categorias do funcionalismo público.


O Seminário encaminhou realização de um dia nacional de lutas com greves e paralisações nas três esferas do funcionalismo (municipal, estadual e federal) e empresas estatais. Para a construção dessa data, definiram um calendário de ações com atividades nos estados e nas bases das diversas categorias do funcionalismo.

Além disso, irão desenvolver uma campanha nacional de comunicação em defesa do serviço e dos servidores públicos e das servidoras públicas, que coloque em pauta os perigos da reforma administrativa, que visa acabar com os direitos conquistados pelos servidores públicos federais, estaduais e municipais, e precarizar e privatizar serviços essenciais prestados à população.


Os servidores apontaram também a necessidade de uma greve sanitária para barrar o retorno às atividades presenciais enquanto não houver garantias efetivas de segurança para as trabalhadoras e trabalhadores.


Caroline Lima, da diretoria do ANDES-SN, aponta a importância dos debates durante seminário e das deliberações aprovadas em consenso, que armam os servidores e as servidoras para o enfrentamento ao desmonte do Estado e em defesa dos serviços públicos, essenciais na vida de boa parte da população brasileira.


“Os debates no primeiro dia de seminário foram muito importantes, porque nos deram um direcionamento para pensar, nos grupos de trabalho, como construir a nossa pauta de reivindicação e também a nossa organização sindical e as lutas para o próximo período. Trouxe instrumentos para nos ajudar na organização da luta e do combate aos ataques do governo e da sua base de apoio no Congresso Nacional e na imprensa tradicional ultraliberal, que pretendem com a reforma administrativa o desmonte das carreiras do funcionalismo, a privatização de serviços essenciais, que são, inclusive, garantidos constitucionalmente à população”, avaliou.


Confira aqui o relatório consensuado do Seminário do Fonasefe.

Confira segundo terceiro dia do Seminário do Fonasefe clicando aqui

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