28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBTT

Atualizado em 03 de Julho de 2019 às 10h48

O Dia Internacional do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBTT) é comemorado nesta sexta-feira, 28 de junho. A data carrega a importante missão de combater a LGBTfobia e também reforça a importância da construção de uma sociedade igualitária e livre de preconceitos, independente do gênero sexual. 

Durante a semana foram realizados vários eventos e marchas para marcar a luta contra a LGBTTfobia, com o objetivo de relembrar os 50 anos da Revolta de Stonewall, que ocorreu em 28 de junho de 1969, tornando-se o marco na luta por direitos iguais, contra a intolerância e a discriminação. Em São Paulo, no último domingo (23), cerca de três milhões de pessoas ocuparam a Avenida Paulista para celebrar a data. Além do resgate do espírito da luta de Stonewall, o evento deu destaque ainda para decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que, em decisão histórica, criminalizou a homofobia e a transfobia no Brasil.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) em seu 38º Congresso incluiu o dia 28 de junho ao calendário de lutas da entidade. Segundo Elizabeth Barbosa, 2ª vice-presidente da regional Rio de Janeiro e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, questões Étnico-Raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN, é preciso combater a LGBTTfobia nas diversas estruturas da sociedade brasileira. Para ela, a educação é uma importante ferramenta para instrumentalizar a luta. "A educação tem o poder de transformar a visão de mundo das pessoas. Temos o ensino como aliado e, é por isso que podemos gerar debates, reflexões e diminuir os preconceitos principalmente dos mais jovens. Essa é a nossa missão", afirma Elizabeth.

Violência 

De acordo com dados do relatório do Grupo Gay da Bahia, em 2018 a LGBTTfobia causou 420 mortes de LGBTTs no país, sendo 320 homicídios (76%) e 100 suicídios (24%). Agora, em 2019, os números do primeiro semestre já contabilizam 141 vítimas. São Paulo é o estado com o maior número de casos, (22), seguido de Bahia (14) e Pará (11).

Elizabeth Barbosa ressalta ainda que as políticas públicas do governo atual representam riscos para os direitos LGBTTs conquistados nas últimas décadas.  "As últimas reformulações na educação impostas pelo governo, como por exemplo a retirada da questão de gênero nas universidades e de liberdade de ensino, resgatam estigmas que a sociedade já deveria ter superado. Tais medidas fazem com que o Brasil comece a caminhar na direção errada", destacou.

50 anos da Revolta de Stonewall

A origem da celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBTT é marcada por luta. Em 28 de junho de 1969, em Nova Iorque (EUA), o bar Stonewall Inn - frequentado majoritariamente por gays, lésbicas, travestis e drag queens, foi alvo de uma ação policial que culminou na prisão arbitrária de vários frequentadores, além de um número desconhecido de pessoas lesionadas.

Diante de tamanha repressão, teve início a Revolta de Stonewall, com protestos que duraram seis dias. O acontecimento virou um marco no ativismo LGBTT de todo o mundo. Um ano depois, o mesmo grupo que estava no bar realizou a primeira marcha do orgulho LGBTT. As marchas ganharam força pelo mundo e tornaram-se o ponto alto no debate da inclusão e valorização das conquistas dos direitos da comunidade.

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