500 pessoas mais ricas faturam US$1,8 trilhão em 2020

Atualizado em 08 de Janeiro de 2021 às 14h57

Enquanto milhões, no Brasil e ao redor do mundo, sofrem com a falta de emprego, renda, alimentos, sobrevivendo em situação de extrema pobreza, intensificada pela pandemia da Covid-19, um pequeno grupo vive realidade oposta. Beneficiadas pelo sistema capitalista, que tem como base a desigualdade social, as 500 pessoas mais ricas do mundo viram sua fortuna crescer US$ 1,8 trilhão em 2020.

De acordo com o Índice Bloomberg de Bilionários, o aumento representa 31% a mais que no ano anterior. Essa é a maior alta registrada desde que o índice foi criado. Juntas, essas 500 pessoas encerraram o ano passado com uma riqueza de US$ 7,6 trilhões.

Entre os dez que mais faturaram está Jeff Bezos, fundador da Amazon, cuja fortuna passou de US$ 77 bilhões para US$ 191,8 bilhões. O aumento se deve, em grande parte, ao crescimento do comércio online durante a pandemia e à superexploração dos trabalhadores da empresa. Há várias denúncias contra a empresa de Bezos por ataques a direitos sociais, concorrência desleal e cadeia obscura de fornecedores.

Outro que aparece entre os mais ricos é Mark Zuckerberg, fundador do Facebook e também proprietário do Instagram e Whatsapp, que possui US$ 104 bilhões, US$ 25 bi a mais do que no ano passado. Zuckerberg e Bezos, junto com os proprietários da Apple e da Google, foram questionados pelo Congresso dos Estados Unidos, em 2020, sobre acusações de práticas monopolistas e anticompetitivas.

Maior crise humanitária desde a 2ª Guerra
O enriquecimento dessas poucas pessoas ocorre num momento em que o resto da população mundial mergulha em uma crise sem precedentes na história moderna. Um levantamento sobre a situação humanitária e proteção global da Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que, em 2021, o mundo poderá vivenciar a maior crise social e econômica desde a 2ª Guerra Mundial. Segundo a organização, a crise humanitária vai se aprofundar e atingir diretamente um recorde de 235 milhões de pessoas. 

No Brasil, em novembro do ano passado, o índice de desemprego atingiu novo recorde, o maior desde 2012. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no penúltimo mês de 2020, o 13,8 milhões brasileiros estavam desempregados. 

·Com informações da Bloomberg e CNN Brasil

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