Comunidade Acadêmica da UFFS está mobilizada contra as arbitrariedades

Publicado em 16 de Setembro de 2019 às 12h39. Atualizado em 16 de Setembro de 2019 às 16h12

Professores, alunos e técnico-administrativos da UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul) continuam lutando contra a nomeação de Marcelo Recktenvald, terceiro lugar na lista tríplice. O movimento pretende ampliar os protestos de forma a mobilizar todos os setores da sociedade nas diversas lutas contra as afrontas do atual governo federal.

Os estudantes da universidade ocuparam o prédio da reitoria, no centro de Chapecó (SC), na mesma data da nomeação, 30 de agosto. Nos dias subsequentes, as assembleias gerais dos docentes e técnicos e outras diversas manifestações de não reconhecimento marcaram a desaprovação da escolha por parte da comunidade.

Entre elas, uma Assembleia da Comunidade Universitária na reitoria ocupada no mesmo momento em que acontecia a cerimônia de posse. No dia seguinte, recepcionado com protesto e vaias no aeroporto, o reitor interventor pediu reintegração do prédio. A juíza, entretanto, negou a liminar e foi até a ocupação para dialogar com os ocupantes, marcando para a semana seguinte, dia 10 de setembro, uma audiência de conciliação. Nessa,  os ocupantes reafirmaram seu não reconhecimento de Marcelo como Reitor e se dispuseram a dialogar com a Universidade através do Conselho Universitário.

A comunidade acadêmica exige a renúncia do interventor e indicou dois dias de paralisação e a realização de aulas públicas, transmitidas pela internet. O título de uma das aulas simboliza o sentimento que reina nos campi: "O medo mudou de lado: é hora de vencer. Desafios para a luta contra a nomeação arbitrária na UFFS em tempos de resistência".

Próximos passos

Dia 12 de setembro foi realizada uma Assembleia Geral dos docentes, às 14h, para deliberar sobre a deflagração de greve e ações contra a nomeação arbitrária.

O desafio, entretanto, é maior e extrapola a questão universitária: ações como a indicação de reitores que não os escolhidos pela comunidade acadêmica é parte de um projeto maior, que inclui a privatização dos bens nacionais e o desmonte das políticas públicas.

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