Na 11ª semana de luta contra a PEC 32, docentes participam de vários protestos em Brasília

Atualizado em 26 de Novembro de 2021 às 15h14

A décima primeira semana de protestos contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32 foi bastante movimentada. A jornada começou na tarde de segunda-feira (22), no Aeroporto de Brasília, com servidores e servidoras recepcionando parlamentares chegavam à capital federal. No dia seguinte, pela manhã, a agitação no desembarque do Aeroporto começou cedo e seguiu até às 10h.

Na sequência, docentes das seções sindicais e da diretoria nacional do ANDES-SN participaram, junto com outras categorias, de um ato em frente ao Ministério da Economia, em defesa de mais recursos para a ciência e tecnologia públicas e contra a PEC 23 - conhecida como PEC dos Precatórios.

Durante o ato, o 1º vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN, Mario Mariano, comentou que nas últimas semanas servidoras e servidores têm se mobilizado em todo o país para dar um recado certeiro contra a política genocida do governo Bolsonaro. “Estamos mobilizados há 11 semanas em diversos locais do país, para dar visibilidade para a pauta que mais interessa o povo do Brasil: a defesa da vida!”, afirmou.

Na tarde da terça-feira, em mais um ato de mobilização contra a PEC 32 e a PEC 23 na entrada do Anexo II da Câmara dos Deputados, a presidenta do ANDES-SN, Rivânia Moura, destacou a mobilização das categorias do funcionalismo público ao longo de quase quatro meses. “Onze semanas que o conjunto de servidoras e servidores públicos têm deixado aqui, na capital federal, a marca da unidade e da luta. Uma luta que se constrói com cada um e cada uma, que saem das suas casa com a certeza de que esse projeto da PEC 32 é um atentado à nossa vida e à nossa dignidade”, destacou.

Marcha
Assim como nas semanas anteriores, na quarta-feira (24), as e os manifestantes se reuniram no Espaço do Servidor, no bloco C da Esplanada dos Ministérios, e marcharam até o gramado em frente ao Congresso Nacional, onde realizaram um ato contra o desmonte dos serviços públicos. Servidoras e servidores prepararam um ato lúdico, com uma representação do presidente da Câmara Arthur Lira (PP/AL) e seu rolo compressor, passando por cima de direitos básicos da população, como saúde e educação.

Realizaram também uma corrida de cavalinhos com manifestantes representando parlamentares, com direito a chuva de dinheiro falso, simbolizando a “venda” seus votos para a aprovação de projetos que atacam os direitos da população brasileira. No período da tarde, o protesto seguiu em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados, onde mais uma corrida com cavalinhos de madeira foi organizada.

Contra a PEC dos Precatórios
Na quinta-feira pela manhã (25), os protestos ocorreram em frente ao Anexo II do Senado Federal, onde tramita a PEC 23. Já aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados, a proposta altera a regra do teto de gastos e, ainda, permite o parcelamento no pagamento de precatórios, a partir de 2022, promovendo calote da União em parcela da população.

A medida cria, também, espaço no orçamento para contemplar o programa social eleitoreiro Auxílio Brasil, criado pelo governo federal para substituir o Bolsa Família. Além disso, o texto aprovado pelos deputados e deputadas altera a Constituição para incluir um esquema financeiro fraudulendo, que autoriza a “securitização de créditos públicos”.

Durante toda a semana, as e os manifestantes visitaram gabinetes e dialogaram com parlamentares no Congresso Nacional, alertando dos ataques às trabalhadoras e aos trabalhadores contidos nas PECs 32 e 23.

As manifestações em Brasília seguem nas próximas semanas até o recesso parlamentar previsto para iniciar em 20 de dezembro.

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